Pesquisas desenvolvidas no Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) conquistaram uma premiação e três menções honrosas no Prêmio Oswaldo Cruz de Teses 2025. É o nono ano consecutivo de reconhecimentos para o IOC, que obteve destaque em todas as edições da premiação.
Promovida pela Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (VPEIC/Fiocruz), a iniciativa valoriza a produção do conhecimento acadêmico em saúde, destacando teses de elevado valor nas diversas áreas temáticas de atuação da Fiocruz. Nesta edição, concorreram estudos defendidos entre maio de 2024 e abril de 2025.
Na área ‘Ciências humanas e sociais’, Monica Maria Souza de Oliveira, do Programa de Pós-graduação em Ensino em Biociências e Saúde do IOC, recebeu menção honrosa pela tese ‘e-Conexão Naturez@: uma formação continuada virtual-vivencial sobre aprendizagem infantil ao ar livre para profissionais de educação infantil do estado do Rio de Janeiro’.
O trabalho teve orientação das docentes Maria de Fátima Alves de Oliveira e Michele Waltz Comarú, professora do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ).
A pesquisa teve como objetivo desenvolver um curso virtual para profissionais da educação infantil sobre aprendizagem de crianças em atividades ao ar livre, em contato com a natureza, contribuindo para mudanças em práticas pedagógicas. O projeto também foi destacado no Prêmio Ciência pela Primeira Infância [1].
Na área de ‘Ciências biológicas aplicadas e biomedicina’, a premiada foi Emilly Caroline dos Santos Moraes, do Programa de Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular [2] do IOC, pela tese ‘Investigação dos mecanismos fisiopatológicos da Covid-19 grave através de análises proteômicas de lipoproteínas e vesículas extracelulares’.
A pesquisa foi orientada pelos docentes Monique Ramos de Oliveira Garcia, pesquisadora do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz), e Hugo Caire Castro Faria Neto, chefe substituto do Laboratório de Imunofarmacologia do IOC.
O estudo analisou amostras de sangue de pacientes com Covid-19 grave, identificando alterações na composição de vesículas extracelulares e lipoproteínas, que contribuem para compreender mecanismos envolvidos na doença. A pesquisa também obteve reconhecimento no Prêmio IOC de Teses Alexandre Peixoto [3].
Na área ‘Medicina’, duas pesquisas do Programa de Pós-graduação em Medicina Tropical [4] do IOC foram destacadas com menções honrosas.
Fátima Cristiane Pinho de Almeida Di Maio Ferreira, do Programa de Pós-graduação em Medicina Tropical do IOC, foi agraciada pela tese ‘Investigação do neurodesenvolvimento em crianças expostas ao vírus chikungunya no período neonatal no Rio de Janeiro: seguimento até os 3 anos de idade’, orientada pela docente Patrícia Brasil, pesquisadora do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz).
A pesquisa acompanhou bebês expostos ao vírus chikungunya durante a gestação, apontando maior risco de transmissão vertical do agravo nos casos de infecção materna em período próximo ao parto. O estudo também foi agraciado no Prêmio IOC de Teses Alexandre Peixoto [3].
Rubens Carmo Costa Filho foi reconhecido pela tese ‘Covid-19 grave, uma febre viral trombótica: impacto comparativo dos anticoagulantes nos desfechos clínicos um estudo retrospectivo na era pré-vacinação’, que teve orientação dos docentes Alda Maria da Cruz, vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas da Fiocruz, e Hugo Caire Castro Faria Neto.
Analisando casos de pacientes com Covid-19 internados em unidade de terapia intensiva antes da vacinação, o estudo apontou redução de 29% na mortalidade para indivíduos tratados com novos anticoagulantes orais.
A solenidade de entrega do Prêmio Oswaldo Cruz de Teses será realizada no Dia dos Professores, 15 de outubro, durante a Semana de Educação Fiocruz 2025.
