ATIVIDADES DE EXTENSÃO: organizadas segundo os dois Projetos EBS de EXTENSÃO (item 1).
Projeto #13 (Extensão): Biociências e saúde nas escolas (NF) – Linha 2, vinculado ao Programa IOC+Escolas, desenvolvido pelo Instituto Oswaldo Cruz de modo transversal a diversos PPG. Reunimos nesse projeto 3 casos exitosos do PPG-EBS (listados abaixo como 1, 2 e 3).
Projeto #14 (Ext): Biociências e saúde na sociedade: ciência, arte e cidadania em simpósios e expedições (NF) – Linha 4, vinculado a simpósios e expedições organizadas por docentes do PPG-EBS e demais PPG do Instituto. Reunimos nesse projeto outros 3 casos exitosos do PPG- EBS (listados abaixo como 4, 5 e 6).
Projeto #13 (Extensão): Biociências e saúde nas escolas |
1. PLATAFORMA CHA PARA EDUCADORES, registrada na plataforma Sucupira como produção técnica, sob o título de “Plataforma virtual CHA para educadores: conhecimentos, habilidades e atitudes em saúde para o enfrentamento das mudanças sociais e educacionais no período pandêmico e pós pandêmico da covid-19.” É uma proposta inovadora de ensino, pesquisa, extensão e serviço público na área educacional para promoção da saúde dos educadores brasileiros. Tem como principal objetivo minimizar os impactos das mudanças sociais e educacionais provocados pela pandemia e pós-pandemia do COVID-19. A proposta é ampliação dos Conhecimentos, desenvolvendo Habilidades e Atitudes (CHA) em saúde, sugerindo e praticando pequenas e contínuas mudanças.
Equipe de concepção e implementação é formada por 1 docente do PPG-EBS + 2 mestrandas e 2 doutorandas do PPG-EBS + 5 outros profissionais da Fiocruz + 1 aluna de IC.
Apresenta os seguintes diferenciais:
(i) um diálogo de saberes entre os pesquisadores na área de educação em saúde e ambiente da Fiocruz com os educadores ativos de diferentes instituições de ensino e modalidades de ensino do Brasil;
(ii) acolhimento pedagógico, psicológico e de comunicação efetiva que objetivam contribuir para a saúde do educador e aprimoramento profissional;
(iii) desenvolvimento de novas habilidades e atitudes em saúde nas oficinas temáticas e formação continuada para os educadores, por meio de cursos de curta duração. Tudo em um só ambiente virtual.
Foi lançada em 14 de outubro de 2020 e atualmente temos em torno de 250 educadores inseridos no projeto, com 158 educadores cadastrados na plataforma. Os educadores pertencem a 9 estados do Brasil: Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Goiás, Mato Grosso do Sul, Sergipe e Bahia. No Estado do RJ acolhemos educadores de 14 municípios diferentes, sendo eles: Rio de Janeiro, Araruama, Barra do Piraí, Duque de Caxias, Itaguaí, Magé, Nova Friburgo, Nova Iguaçu, Nilópolis, Niterói, Petrópolis, São Gonçalo, São João de Meriti e Queimados. A maioria dos educadores é do gênero feminino (75%), 85 % estão estressados, 60% apresentam comorbidade e 52% sofreram algum tipo de luto. Já realizamos mais de 10 atividades coletivas como rodas de conversa, oficinas temáticas e cursos de curta duração. Para 2021, temos programado a ampliação de acolhimentos personalizados, atividades coletivas semanais, além de qualificações profissionais na área de educação e saúde. O projeto está lotado na vitrine tecnológica da Fiocruz com busca de parcerias internas e externas com as secretarias estaduais e municipais de educação e saúde.
Local: https://campusvirtual.fiocruz.br/gestordecursos/hotsite/cvf-node-30225- submission-3829/metodologia/4772
DIÁLOGOS COM AS ESCOLAS, para mitigação das iniquidades no acesso à Educação Básica na pandemia de COVID-19: Essa ação é composta de 3 elementos: (I) uma NOTA TÉCNICA com embasamento técnico e sugestões para ações nas escolas; (II) um CICLO DE WEBINÁRIOS para discussões públicas na internet sobre o tema; (III) um CURSO MOOC para gestores de escolas. Por estarem todos muito articulados, descreveremos o conjunto como um dos casos exitosos;
NOTA TÉCNICA (NT) N.º 1/2020/PG-EBS/IOC-FIOCRUZ (versão 1, 31 de julho de 2020), versando sobre “Embasamento técnico e sugestões para ações de promoção da saúde ambiental e estratégias educacionais para mitigar as iniquidades no acesso à Educação Básica no Brasil no contexto da pandemia de COVID-19.”, incluindo a sugestão de elaboração de um Plano Integrado Intersetorial Local de ações sanitárias e educacionais, respeitando a singularidade de cada escola. A NT foi redigida por um Grupo de Trabalho (GT-Escolas) específico criado pelo IOC para esse tema e interagiu com diversos diretores e atores do “chão da escola” no RJ, para refletir e elaborar propostas e sugestões. A NT sintetiza (i) o contexto (a COVID-19, seus sintomas, informações epidemiológicas, condições socioambientais e desafios da Educação Básica), (ii) o papel das escolas na crise da COVID-19 com a sugestão de formação de agentes transformadores para uma conscientização ecológica e saudável, (iii) as estratégias educacionais inovadoras para acesso à Educação Básica no Brasil no contexto da pandemia de COVID-19, (iv) as atividades prioritárias para o planejamento das ações para o possível retorno das aulas (reconexão, acolhimentos em saúde emocional e/ou mental para a comunidade escolar, ambiência escolar, organização do cotidiano escolar e criação da comissão interna de saúde e ambiente), (v) a caracterização do ensino híbrido, com atividades assíncronas e síncronas atendendo as singularidades e diversidade das escolas públicas do Brasil, (vi) os processos formativos para a comunidade escolar, atendendo às peculiaridades de cada grupo diferenciado que compõem a comunidade escolar. A NT deu origem a dois outros produtos:
(II) Ciclo de webinários sobre “PLANEJAMENTO ESCOLAR LOCAL NA TRANSPANDEMIA”, quando foram convidados profissionais da educação e da saúde para debater on line os temas abordados na NT, em sessões ao vivo (lives) que passaram a constituir acervos em vídeos no canal YouTube do PPG-EBS. Ao todo foram realizados 07 webinários em 2020, que tiveram mais de 6 mil visualizações. Estão planejados mais 8 a 10 para 2021;
(III) Curso MOOC (Massive Open Online Course), mantendo o título “Planejamento escolar local na transpandemia”: MOOC implica no curso ser oferecidos por uma instituição (no caso uma parceria entre o IOC, o CEDERJ e a UNICEF) e acessíveis a todos gratuitamente na Internet. Foram oferecidas 1000 vagas, dirigidas preferencialmente às equipes gestoras nas escolas, com 2 vagas por escola, de modo a atender 500 escolas que teriam, ao final do curso, seu próprio Plano Integrado Intersetorial Local preparado como trabalho de final de curso. As inscrições foram abertas de 23/10 a 31/11/2020, o curso iniciou em 30/10/2020 e seu final foi prorrogado para inicio de 2021, por causa do período sobrecarregado de trabalho nas escolas no final do ano. Foram formadas 3 turmas, com 172, 600 e 300 inscritos, num total
Nota Técnica: http://www.fiocruz.br/ioc/media/nota_tecnica_n01_2020_pgebs_ioc_fiocruz.pdf Curso MOOC: inscrições (hot site) https://campusvirtual.fiocruz.br/gestordecursos/hotsite/cvf-node-30225-submission- 3829
Curso MOOC: Materiais e atividades https://cursos.campusvirtual.fiocruz.br/user/index.php?id=411
3. “IOC+ESCOLAS”: oficinas temáticas dirigidas à alunos do ensino fundamental e médio, iniciado em 2016 e renomeado em 2019 como explicitando melhor a parceria e não uma inserção vertical. Sua perspectiva é de diálogo e de aproximação com estudantes do Ensino Fundamental e Médio e se constitui num programa transversal a todos os PPG do IOC. O “IOC+Escolas proporciona intercâmbio entre pesquisadores e discentes de Pós- Graduação nas escolas estaduais e municipais do Rio de Janeiro. O programa realiza eventos específicos, tais como "Um dia na Fiocruz", quando por iniciativas diversas, alunos de escolas do interior do estado vem ao Rio conhecer a Fiocruz, especialmente nos dias dos eventos institucionais “Fiocruz pra você” e “Semana Nacional de Ciência e Tecnologia”; “Oficinas e jogos nas escolas”, quando jogos concebidos e desenvolvidos por discentes do IOC (PPG-EBS e outros programas) são trabalhados em escolas com enfoque em saúde e em agravos causados por vírus e agentes imunopreveníveis; colaboração no projeto “Escolhares” (grupo suíço com sede em Lausanne, que trabalha com inclusão nas escolas), quando são feitos exames de acuidade visual e fornecimento óculos àquelas que necessitam (o projeto já atendeu cerca de 2500 crianças no estado do RJ, incluindo a doação de cerca de 300 óculos. De modo geral, nestes eventos a participação de docentes, discentes e egressos do PPG-EBS consiste na apresentação de exposições, demonstrações e oficinas sobre os temas de doenças negligenciadas e outras, quando os alunos manipulam lupas de mão e lupas estereoscópicas, armadilhas de coleta de insetos, modelos de parasitas em feitos em massa de modelar, dentre outros. Além disso, rodas de conversa, brincadeiras e jogos lúdicos diversos, quebra-cabeça sobre os temas trabalhados. Vale ressaltar que, para além das atividades integradas do programa IOC+escolas, nossos discentes (75%), tanto do mestrado acadêmico como de doutorado, são professores da rede básica de ensino, pública e privada. Nesse sentido, aquilo que é aprendido dentro do Programa tem impacto, sob as formas mais variadas, nas ações de nossos discentes sobre os seus próprios alunos e, consequentemente, sobre a sociedade em geral.
Projeto #14 (Ext): Biociências e saúde na sociedade: ciência, arte e cidadania em simpósios e expedições |
4. “EXPRESSO CHAGAS XXI”: em 2019 e 2020 essa iniciativa foi criada e expandida de modo a organizar 3 elementos básicos que já vinham sendo trabalhados no PPG-EBS: (I) o Curso “Falamos de Chagas com CienciArte", realizado presencialmente de 2015-2019 e dirigido a pacientes e portadores da doença de Chagas e a seus familiares, expresso na dissertação de um egresso de 2020; em 2020 o curso fez experiencias de acesso remoto à essas populações, cuja inclusão digital é precárias tanto pelo nível socioeconômico quanto pela idade avançada, em sua maioria.
Tais cursos e oficinas vem sendo ampliados em algumas oportunidades de modo a falar também de tuberculose, hepatites, hanseníase, dengue, zika, Chikungunya e outros problemas muito prevalentes na sociedade, e em especial em comunidades socioeconomicamente mais vulneráveis; essas atividades estão alinhadas com a política de inserção social da Fiocruz, uma vez que, fisicamente falando, o PPG-EBS está alocado no bairro de Manguinhos, Rio de Janeiro, região carente da cidade.
Essa e outras iniciativas similares comprovam nosso envolvimento e comprometimento com programas de combate à desigualdade social e à pobreza, para cumprimento dos objetivos do milênio, e agora aos objetivos do desenvolvimento sustentável da ONU.
Assim, entende-se o suporte a pacientes com condições crônicas como ação de ensino no âmbito não formal, assim como e apropriação social das tecnologias de informação e comunicação. (II) Histórias de vida em comunidades vulneráveis para doenças negligenciadas, expressos mais claramente numa dissertação com portadores da doença de Chagas e com agentes de combate a endemias no Acre, e (III) Expedições IOC para um Brasil sem Miséria.
5. CIÊNCIA, ARTE E CIDADANIA: iniciativa composta também pela articulação de três experiências de sucesso:
(I) Ciência na Estrada: cultura e cidadania – o ônibus-laboratório que vai a cidades, praças, escolas para realizar atividades de divulgação e educação cientifica. É um projeto itinerante que realiza promoção da saúde através da popularização de ciência. Iniciado na Fiocruz Bahia, foi transferido para o Rio de Janeiro com a mudança do pesquisador responsável (Marcos Vannier-Santos) para o Rio de Janeiro. Com seu credenciamento no PPG-EBS o projeto participa dos dois projetos de extensão: EBS nas escolas e EBS na sociedade. Objetiva dar acesso a informações sobre ciência e saúde, despertando o gosto pela área, principalmente entre jovens e crianças de escolas públicas. Pôsteres, microscópios, cartazes, réplicas de parasitas, vídeos, atividades artísticas, jogos eletrônicos e o próprio ônibus compõem o kit básico de instrumentos para estimular o gosto pela ciência. A paixão da equipe participante complementa e mobiliza essas ferramentas para que os objetivos sejam alcançados.
(II) CienciArte na Estrada: expedições de educação saúde e cidadania, cujas atividades estão descritas no site do IOC. Foi apoiado pelo edital pesquisa-extensão da FAPERJ e os temas mais recentes têm enfocado as arboviroses transmitidas por Aedes. Destacamos a parceria intersetorial com o Conselho Gestor Intersetorial em Manguinhos, responsável pelos cursos em 2017. O relatório do projeto, concluído em agosto de 2018, lista ao todo 26 cursos práticos realizados, num total e 362 horas de atividades de extensão oferecidas. As duas iniciativas “na estrada” (I e II) estão no contexto das atividades da Rede Nacional de Educação e Ciência, e do INCT-Ensino e Comunicação. (III) Jovens Talentos para a Ciência: esse projeto foi implantado em julho de 2010 na pequena cidade de Miracema, noroeste do estado do Rio de Janeiro, por uma professora Mestre, egressa do PPG-EBS, que posteriormente realizou seu doutorado analisando o perfil dos ex-alunos desse programa de modo a perceber seu impacto. Em sua tese, defendida em 2019 são apresentados e analisados os detalhes do projeto, premiado em diversas oportunidades. Segundo os jovens talentos, sua escolha pela carreira profissional teve uma forte influência do projeto. A metodologia ativa, por meio de projeto vem contribuindo fortemente para a formação e o bom desempenho acadêmico desses jovens.
(IV) Estágios de Iniciação ArteCientífica/CienciArtística, iniciativa totalmente original e inovadora, em parceria com a Escola de Belas Artes da UFRJ (EBA), coordenado por duas docentes (Tania Araujo-Jorge e Luciana Garzoni) e por uma egressa/discente (Anunciata Sawada). Iniciado em 2017, alunos de graduação da EBA foram selecionados para realizar créditos de extensão em laboratórios do IOC para responder a pergunta “A arte consegue traduzir a ciência?”. Configuraram então o embrião do programa PIBIAC (iniciação tecnológica artecientifica) (da EBA), através da imersão de jovens artistas em formação em laboratórios de pesquisa (do IOC). Os jovens artistas graduandos foram apresentados a 15 diferentes ambientes de produção de ciência, escolheram os laboratórios em que iriam estagiar, e buscaram ali a inspiração para realizar obras de arte a partir desse contato. Foi firmado um convênio entre o IOC e a EBA para essas atividades de extensão, que geraram 3 exposições artísticas com as obras produzidas.
(V) Saúde Comunitária, uma Construção de Todos, curso organizado pelo PPG em Medicina Tropical do IOC, no qual docentes e discentes do PPG-EBS desenvolvem aulas e oficinas para a comunidade de Manguinhos. O curso já reúne perto de 1000 egressos e será objeto de estudo em projeto específico de avaliação de ex-alunos, para dimensionar o impacto dessa formação de agentes populares de promoção da saúde e vigilância.
(VI) Divulgação científica em Museus e Centros de Ciência: dentre os projetos de discentes e de egressos, há trabalhos que estudam as relações dos museus de ciência com seus públicos e a interação dos jovens estudantes com recursos didáticos digitais, incluindo o uso de filmes como ferramenta para o ensino de ciências. Os principais museus e centros de ciência articulados nessas iniciativas são: Espaço Ciência Viva (ONG), Espaço Ciência InterAtiva (IFRJ), Museu Ciência e Vida (Fundação CECIERJ), Ciências Sob Tendas (UFF-Centro de Ciências Itinerante), Casa da Ciência (UFRJ), Museu da Vida (Fiocruz), Horto (Fiocruz).
6. Plataforma COVID19 DivulgAção Científica: é uma iniciativa de divulgação científica que visa trazer informações confiáveis sobre o novo coronavírus e a doença causada por ele, a Covid-19. Foi organizada pela equipe liderada por Luisa Massarani através dos recursos do Instituto Nacional de Comunicação da Ciência e Tecnologia (INCT-CPCT) e do CNPq.
A plataforma pretende dar subsídios aos cidadãos para que tomem decisões bem-informados, que ajudem no controle da disseminação do vírus, bem como valorizar a importância da ciência internacional e brasileira para o enfrentamento da pandemia.
Está ativa no site: http://coronavirusdc.com.br/ e produz conteúdos em formatos leves, estilo panfletos, cards e infográficos para circulação em redes, além de vídeos. Também trabalha as contradições entre fatos x fakes. Também oferece uma seção dedicada aos artigos científicos sobre o contexto da pandemia publicados pela equipe do INCT de Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia.
*Atualizado em 12/07/2021