07/06/2022
Max Gomes
Avaliado com conceito 6 pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), numa escala que vai até 7, o Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Ensino em Biociências e Saúde do Instituto Oswaldo Cruz (PGEBS/IOC/Fiocruz) acaba de atingir a “maioridade” em grande estilo. Em seus 18 anos de atividades, qualificou mais de 260 mestres e doutores, recursos humanos de qualidade para atuação em uma ampla área de atuação, como ciência, saúde, educação, tecnologia e comunicação.
Para celebrar a data, alunos, ex-alunos e o corpo docente se reuniram em um evento no campus da Fiocruz Manguinhos, no Rio de Janeiro, na última sexta-feira, 3 de junho. Na ocasião, onze publicações organizadas pelo Programa foram apresentadas como representação à diversidade do curso.
Na mesa abertura, Rosana Meirelles, coordenadora adjunta da PGEBS, realçou o desafio de muitos estudantes e docentes com a pandemia de Covid-19. “É com muita alegria e emoção que os vejo aqui. Estamos muito felizes com a participação presencial de professores e alunos após todos os momentos de aulas e atividades virtuais”, declarou.
Em seguida, a coordenadora Clélia Christina Mello da Costa, lembrou que na mesma data do evento, em 2004, foi publicada a portaria de homologação pelo Conselho Nacional de Educação que instituía os cursos de mestrado e doutorado em Ensino em Biociências e Saúde pela Capes. “É o único programa da Fiocruz na área de ensino da Capes e isso nos orgulha muito”, afirmou.
Referenciando o educador e filósofo Paulo Freire, a pesquisadora convidou a todos a uma importante reflexão. “Não existe ensino sem diálogo. Ensinar é um ato dialógico, é uma troca, é um processo de construção e desconstrução”, pontuou a coordenadora, estendendo agradecimentos a todo o corpo acadêmico do Programa, que atualmente conta com cerca de 50 docentes e 180 discentes.
“Nossas metas são melhorar cada vez mais a formação docente, ampliar a divulgação científica, potencializar a formação permanente em ensino para professores da saúde, fomentar o caráter inovador e ampliar as cooperações nacionais e internacionais”, concluiu.
A diretora do Instituto, ex-coordenadora da PGEBS e uma das criadoras do Programa, Tania de Araujo-Jorge, abordou o desafio da pós-graduação durante a pandemia e resgatou memórias dos primeiros passos do curso. “A fomentação da ideia de criação da PGEBS foi da pesquisadora e educadora Virgínia Schall. Fizemos o planejamento dos cursos em 2003 e submetemos à Capes. Tínhamos um período muito curto para a submissão e, por isso, precisamos nos revezar em noites em claro para concluir tudo”, recordou.
Tania destacou também a pluralidade da PGEBS. “Foi o primeiro curso que reuniu outras 6 unidades da Fiocruz [Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, Casa de Oswaldo Cruz, Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde, Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio e Fiocruz Minas]. Tínhamos também docentes de outras instituições, pois era importante agregar conhecimentos de outros lugares”, destacou.